∴ Missionários (Grau 19 ao Grau 30) ∴
19º Grau (de iniciação): MISSIONÁRIO DA AGRICULTURA E DA PECUÁRIA. É consagrado ao estudo das origens da civilização, do momento histórico em que o homem social transmuda-se do bando para o clã e deste para a comunidade urbana - a cidade. Esse longo caminho é balizado pelo Rito Brasileiro através de marcos fundamentais da economia, sempre dominante nos movimentos humanos mais profundos. Pecuária e Agricultura, mais do que conceitos econômicos, são conceitos globalizantes, os quais, a uma atividade econômica dominante, num certo tempo; agregam toda riqueza dos instantes significativos da linha evolucional da espécie humana.
20º Grau: MISSIONÁRIO DA INDÚSTRIA E DO COMÉRCIO. São atividades indispensáveis à vida e ao progresso social. As duas faixas usadas, na Maçonaria tradicional, indicam que a Indústria e o Comércio têm interesses conexos e interligados. As quatro esquadrias do Sinal exigem que haja retidão nessas atividades. E mais: a Jóia, que é um triângulo de ouro, tem nele gravado a letra R, lembrando ainda a necessidade da retidão também recriar (indústria) e redistribuir (comércio).
21º Grau: MISSIONÁRIO DO TRABALHO. O cunho do Grau é, realmente, o trabalho do Grau está ligado a Noé (construção da arca) e a Faleg (construção da Torre de Babel). No Sinal de Ordem volta-se o rosto para o Oriente, onde nascem o Sol e a lua, indicando que o trabalho pode executar-se de dia e de noite: “o homem nasceu para o trabalho como o pássaro para voar. A Palavra de passe é o nome do arquiteto da Torre de Babel. O tradicional brasão d’armas do Grau 21 tem, além da lua cheia (de prata), um triângulo eqüilátero de ouro, em campo branco; atravessado por uma flecha de prata, de cima para baixo, símbolo do trabalho reto e digno. O eqüilátero simboliza o justo pagamento do trabalho.
22º Grau (de iniciação): MISSIONÁRIO DA ECONOMIA. Esse Grau é uma seqüência dos Graus; 19 - Missionário da Agricultura e da Pecuária; 20 - Missionário da Indústria e do Comércio; e 21 - Missionário do Trabalho. O Grau 22, brasileiro, mantém o espírito tradicional do Grau. Na Maçonaria Tradicional, quando batem à porta, se diz que são "os patriarcas noaquitas, que cortaram as árvores do Líbano e com elas construíram a nau". E com o cedro do Líbano e o machado se faziam as naus, para o intercâmbio comercial entre os povos antigos, atendendo à produção, à circulação e à repartição das riquezas. Os tírios e os sidônios foram os iniciadores da navegação marítima: rasgara m rotas para o mundo então conhecido. Alegoricamente, o machado é o instrumento para se pôr abaixo as discriminações econômicas; e o cordão do Grau, com as cores do arco-íris, significa a bonança, que resultaria de uma Economia mundial equilibrada, isto é supletiva e não competitiva.
23º Grau: MISSIONÁRIO DA EDUCAÇÃO. Essa denominação deriva do conteúdo, tradicional do Grau: Os 7 degraus do trono, no Oriente, lembrando o, trivium e o quadrivium: a gramática, a retórica e a dialética (lógica) a aritmética, a geometria, a música e a astronomia.
24º Grau: MISSIONÁRIO DA ORGANIZAÇÃO SOCIAL. Essa denominação se impõe pelo conteúdo da Maçonaria Tradicional. É a legenda do Tabernáculo de Moisés. Resume o Decálogo.
25º Grau: MISSIONÁRIO DA JUSTIÇA SOCIAL. A denominação está ligada à divisa "Virtude e Coragem" e desenvolve as legendas nosaicas da Serpente de Bronze e do Eufórbio. Moisés também usava o suco de eufórbio para a cura, sendo que o eufórbio também destruía o ferro.
26º Grau (de iniciação): MISSIONÁRIO DA PAZ. Na Maçonaria tradicional este Grau tem várias denominações, como Maçom do Segredo (Rito Primitivo de Namur) e Companheiro Perfeito Arquiteto (Misraim). No Rito Escocês Antigo Aceito é o Príncipe da Mercê ou Escocês Trinitário. É um Grau templário A decoração da Loja é verde, com nove colunas vermelhas e brancas alternadas e em cada coluna um candelabro com nove luzes. O dossel, sob o qual se acha o trono, é verde, vermelho e branco e a mesa, frente ao trono, é coberta com as mesmas cores. Em vez de malhete, o presidente se serve de uma flecha, cujas plumas são verdes e vermelhas e a haste é branca com a ponta dourada. No altar há uma estátua que representa a verdade coberta com um véu verde, vermelho e branco; esta estátua é o paládio do Grau.
27º Grau: MISSIONÁRIO DA ARTE. O Grau 27 do Rito Brasileiro é consagrado à Arte. A Arte é livre, no bre e gloriosa. Não admite escravizações. O artista nasce artista e traz consigo a sensibilidade da percepção e originalidade criadora. Por isso se define a Arte como uma livre atividade espiritual, criadora de beleza.
28º Grau: MISSIONÁRIO DA CIÊNCIA. O Grau 28 do Rito Brasileiro é o Missionário da Ciência, Porque: 1º - O real objetivo desse Grau, na antiga Maçonaria, era fazê-lo uma escola de ciências, interpretando a Natureza e devassando-lhe as leis, em procura da Verdade. Assim pensava o criador de sse grau, o monge Pernetti, em 1766, fundador da Ordem dos Iluminados de Avinhão.
29º Grau (de iniciação): MISSIONÁRIO DA RELIGIÃO. No Rito Primitivo de Namur, de 1770, denominava-se Grande Eleito da Verdade. Mais tarde tomou as denominações de Grande Escocês de Santo André da Escócia ou Patriarca dos cruzados, ou Cavaleiro do Sol ou Grão-Mestre da Luz. O símbolo do Grau é um touro negro em fundo de ouro com a legenda: "Omnio Tempus Attlngit." Há um grande quadro, representando a Jerusalém Celeste, de 12 caminhos, 12 habitações; e uma praça central; nesta a Árvore de 12 frutos e o Cordeiro Imaculado, de cujo coração partem cinco rios de amor: o paternal, o conjugal, o filial, o fraternal e o social. Em algumas Lojas há dois Vigilantes, denominados Grande Sacerdote e Grande Senescal. Qual a tua religião? Nenhuma! É ateu? Não! Como pode não ter religião nenhuma e não ser ATEU? Não ter religião não significa que a pessoa não tenha religiosidade, porque acredita que tudo que existe tem um criador. Mas não há a “humanização” de Deus, aliás, quem poderia definir Deus. Deus a gente sente! Assim como a frase de René Descartes: -Penso, Logo existo! - Sem Deus, como pensaríamos? As religiões estão aí, se existem é porque são procuradas, alimentadas pela fé das pessoas. Alguns precisam delas, outros não. Alguns carregam a igreja dentro de si. Respira Deus, ora com Ele na respiração, canta para Ele nas batidas do coração. As pessoas que acreditam que sem religião não poderão entrar no céu, geralmente tem mais medo do diabo do que de Deus. Não se deve passar por esse tipo de atribulação emocional, porque acreditar em demônios externos seria demasia enquanto os internos (demônios) que temos já são o suficiente para passarmos a vida inteira nos degladiando. A distinção do ateu ao cético. O ateu não crê em Deus, o cético apenas duvida, Cristo tinha um cético entre seus apóstolos, São Thomé. A espiritualidade não está vinculada a religiões, mas sim na religiosidade. Etmologicamente a palavra religião (do latim "religio" usado na Vulgata , que significa "prestar culto a uma divindade", “ligar novamente", ou simplesmente "religar"), usada como sinônimo para fé, crença, mas a palavra tem variantes múltiplas de definições dentro dos estudos teológicos. O religioso é um crente, um seguidor de uma doutrina religiosa, como cristianismo, hinduismo, maometismo, etc. Já a religiosidade em sí, é a qualidade de que o indivíduo tem de crer e aceitar a existencia de um criador espiritual, a crença interna da sua eternidade e de que algo existe além do seu corpo físico. Temos então coisas parecidas, mas diferentes: Um cético não é necessariamente um ateu; uma pessoa com religiosidade não necessariamente tenha que ser um religioso; nem um espiritualista necessariamente tenha que ser um espírita. Os espiritas, cultuam o ESPIRITISMO, que é a doutrina que estuda e usa o mediunismo como meio de comunicação entre o plano físico e o plano espiritual. Portanto um Espirita é um espiritualista, mas nem todo o espiritualista é um espírita.
30º Grau (de iniciação): MISSIONÁRIO DA FILOSOFIA. É a cúpula dos Graus culturais do Rito. O Maçom, desde o Grau 19 ao 29, passou por todos os departamentos da atividade e da cultura humana e está apto a adquirir o superior espírito filosófico, numa compreensão da Vida, da Sociedade e do Universo, pela apreensão dos Princípios e das Causas.
Fonte: Supremo Conclave do Brasil para o Rito Brasileiro